Meditação - Quinto Mistério Luminoso - A Instituição da Ssma. Eucaristia


Instituição da Santíssima Eucaristia

amos dar inicio a essa meditação, recordando a comunhão reparadora dos primeiros sábados, que nos foi pedida por Nossa Senhora, quando apareceu em Fátima em 1917. Pedia Ela que comungássemos, rezássemos um terço, fizéssemos meditação dos mistérios do Rosário e confessássemos, em reparação ao seu Sapiencial e Imaculado Coração. Para os que praticassem esta devoção, Ela prometia graças especiais de salvação eterna.


Oração inicial:


Ó Maria Santíssima, no momento em que nos preparamos para essa meditação, imploramos vosso auxílio. Temos em mente, de modo especial, o período santo e glorioso em que Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em vosso claustro virginal, estava convosco noite e dia. E Vos pedimos que, pelos méritos de tal fase de vossa vida, nos obtenhais os sentimentos ardorosos que Vós tivestes. Também tenho em mente, ó Maria Santíssima, a vossa Primeira Comunhão, quando da elebração da primeira Missa no Cenáculo. Com que atos inefáveis de Adoração, de Ação de Graças, de Reparação e de Petição recebestes em vosso peito o Santíssimo Sacramento. E tendo assim colocado a minha atenção em vossas mãos e na Santíssima Eucaristia, eu inicio esta meditação para melhor reparar o vosso Sapiencial e Imaculado Coração.

Assim seja!

Jesus triunfa da ingratidão dos homens.

‘Um certo homem fez um dia um grande banquete, e enviou à hora da ceia o seu servo a dizer aos convidados: vinde, já está tudo preparado. Vinde, comei de meu pão e bebei o vinho que para vós preparei’. Assim canta um piedoso hino, cheio de unção eucarística, tão sublime mistério do amor de Deus. Jesus sabendo que era chegada a hora de separar-se dos discípulos e concluir na Cruz a obra da Redenção; para consolálos da perda de sua presença visível, quis ficar com eles no Santíssimo Sacramento.

‘Na noite em que foi traído’, Jesus quis opor ao excesso da maldade humana, um grande banquete de doçura celestial, do excesso de seu Amor, instituindo a Eucaristia. É preciso considerar antes de tudo o amor com que Ele se deu… “Na noite em que Ele foi traído, nesta noite é que Ele nos deu o Pão da Vida”. É a maravilha que Ele engenhou para estar no meio dos homens o tempo inteiro.

Afirma São Pedro Julião Eymard:

“Admirai as invenções do amor de Jesus!!

Semelhante ao pai de família que trabalha a vida inteira com um fim único: deixar aos filhos, ao morrer, o necessário sustento, Jesus morreu plenamente satisfeito por nos deixar um pão, e que Pão! Que mais nos poderia dar? Nesse testamento de amor encerrou tudo, condensou todas as suas graças e a sua própria glória. Sim, estávamos presentes na Ceia, e Jesus nos reservou não somente uma Hóstia, mas cem, mil hóstias, para todos os dias de nossa vida. Acaso pensamos nisto? Oh! Jesus quis nos amar em excesso; nossas hóstias estão preparadas, não deixemos que se perca uma só!”. De um modo como ninguém poderia inventar. É um modo tão admirável que se os Serafins pensassem no assunto por toda a eternidade não poderiam excogitar esta ideia; de Deus se dar ao homem pelas espécies de pão e vinho. Na hora em que os homens O traem, Ele arranja um jeito de dar-lhes o supremo DOM. Ele quis estar conosco sob a forma de alimento. Assim, não se separa mais de nós, está entranhado em nós. Foi o modo que Ele excogitou para estabelecer uma união superíntima conosco.

1- A didática Divina

A Providência Divina age sem pressa, com esmerada preparação, sobretudo quando visa obras grandiosas. Nada de grandioso se faz repentinamente, diz um provérbio latino.O mais excelso de todos os Sacramentos, a Eucaristia, deveria ser precedido por belas pré-figuras, numa longa preparação da humanidade através dos séculos. No Antigo Testamento, uma das mais expressivas foi o maná caído do céu para os hebreus, durante os quarenta anos de travessia do deserto, em busca da Terra da Promissão.Aquelas pessoas já tinham sido preparadas historicamente para compreender o que deve ser o pão da vida. Tanto mais que seus pais no deserto, tinham comido o maná. Quando tinham fome era só colher aquela neve magnífica que caía logo pela manhã, e que durava até a noite; uma neve extraordinária que era um alimento fora do comum, era o maná.

2- O Pão da Vida Eterna

No Evangelho vemos o Divino Mestre multiplicar os pães para tornar patente seu império sobre a matéria. Logo a seguir, Ele vai andar sobre as águas num mar encapelado, com o intuito de deixar evidente o quanto dominava seu próprio corpo. Assim, as bases para a instituição da Eucaristia iam se fixando.E Nosso Senhor ainda tem o cuidado de dizer: ‘Vossos pais no deserto comeram o maná e morreram’. Ele levanta a curiosidade de toda a assistência em relação a um pão que, uma vez comido, produz a imortalidade. Certamente no meio daquele público uma curiosidade muito maior, porque, como eles estavam com o sabor do pão multiplicado do dia anterior, portanto, aquela gente estava ainda com o paladar aceso no fundo do seu apetite. Um gosto extraordinário de um pão que eles nunca tinham comido. Então, eles procuravam um pão que, além de ter um sabor excepcional, produziria também a imortalidade. E Nosso Senhor diz:

‘Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente’. (Jo 6, 58).

E este é propriamente o pão que Ele nos deixou, que está aqui no sacrário; que se faz presente em nossos altares, a partir do momento em que os sacerdotes pronunciem as palavras da consagração: então, não há mais pão, não há mais vinho, há Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ele já havia feito o milagre das Bodas de Caná transformando a água em vinho. Com os milagres acima, estavam todos preparados para receberem o “Pão da Vida”.
Reflexão:

Entretanto, a Eucaristia é o Pão da Vida; quem não comer essa Carne, quem não beber esse Sangue, não terá a Vida Eterna, e não terá vida. Não que a pessoa não morra desta morte comum e corrente, a que está destinada toda criatura humana. Quem come, morre. Ele mesmo, Nosso Senhor morreu. Todos os que de lá para cá comungaram também morreram. Não se refere à morte, no que diz respeito à vida humana; trata-se de uma referência à vida eterna e sobrenatural. E esta Nossa Senhor garante que concede a todo aquele que recebe esse pão. E é para isto que nós estamos sendo convidados nesta meditação. 

"Ave verum corpus natum de Maria Virgine
O Jesu dulcis, o Jesu pie, o Jesu fili Mariae."

“Ave, corpo verdadeiro, da Virgem Maria nascido, …

Ó doce Jesus! Ó piedoso Jesus! Ó Jesus, filho de Maria”.




créditos: http://virgemimaculada.wordpress.com

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