Estudos Marianos - Terceiro Segredo de Fátima - Parte II



O Segredo por revelar S. João Paulo II – 1982 

Em 13 de Maio de 1982, durante a sua viagem a Fátima a seguir à tentativa de assassínio, o Papa João Paulo II ligou novamente a Mensagem de Fátima a acontecimentos apocalípticos não mencionados nas duas primeiras partes. No seu sermão, citado mais atrás, o Papa revelou que Nossa Senhora de Fátima tinha dado o que Pio XII chamara “um aviso divino” sobre um ataque aos dogmas da Fé: Poderá a Mãe, que deseja a salvação de todos os homens, com toda a força do seu amor que alimenta no Espírito Santo, poderá Ela ficar calada acerca daquilo que mina as próprias bases desta salvação? Não, não pode!” ( Homilia no Santuário da Virgem de Fátima, 13 de Maio de 1982 em http://www. portal.ecclesia.pt/fatima/1982_2.htm).



Confira na íntegra a Homilia de S.João Paulo II
Por ocasião de sua visita ao Santuário de Fátima



S.Santidade o Papa São João Paulo II diante da Imagem Milagrosa
créditos: ACI Digital

Estas “bases” da salvação devem referir-se à aceitação firme da Fé Católica, como se encontra nos ensinamentos dogmáticos da Igreja e nos Sacramentos, que são os meios pelos quais se salvam as almas. Assim, embora de forma velada, o Papa estava a ligar a Mensagem de Fátima a uma ameaça ao dogma e à disciplina da Igreja, tal como o futuro Pio XII fez em 1931. Mas onde está este aviso na Mensagem? De certeza não está nas partes que já em 1982 tinham sido publicadas. Durante a mesma viagem a Fátima, João Paulo II discutiu com a Irmã Lúcia a razão por que o Terceiro Segredo ainda não tinha sido revelado. 

Quando o Cardeal Oddi se encontrava em Fátima em 13 de Maio de 1985, para a celebração anual das aparições, a Irmã Lúcia informou-o de que o Papa lhe dissera que o Segredo não tinha sido divulgado “porque podia ser mal interpretado.” Aqui o Papa deu mais uma pista de que o Segredo podia ser embaraçoso para as autoridades da Igreja, por dizer respeito a uma crise de Fé e disciplina de que elas próprias são responsáveis. Bispo D. Alberto Cosme do Amaral – 1984 Em 10 de Setembro de 1984, D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo de Leiria-Fátima, sublinhou a predição do Segredo de uma apostasia na Igreja. Numa sessão de perguntas e respostas na Aula Magna da Universidade Técnica de Viena (Áustria), declarou claramente: “O seu conteúdo [do Terceiro Segredo] diz respeito unicamente à nossa Fé [...] A perda da Fé de um continente é pior do que a aniquilação de uma nação; e a verdade é que a Fé está continuamente a diminuir na Europa.”

Cardeal Ratzinger – 1984 


foto: http://suasantidadeopapabento.blogspot.com.br/2015

Em 11 de Novembro de 1984, numa entrevista à revista Jesus, o então Cardeal Ratzinger revelou que tinha lido o Terceiro Segredo e que este se referia a “perigos que ameaçam a Fé e a vida do Cristão e, consequentemente, o mundo”. É sabido que as duas primeiras partes do Segredo não se referem a “perigos que ameaçam a Fé”, mas sim a perigos que correm o Papa e outros crentes, na forma de guerras e perseguições à Igreja por inimigos externos. 

O Cardeal revelou ainda que 

“o conteúdo deste ‘Terceiro Segredo’ corresponde ao que é anunciado nas Sagradas Escrituras e que tem sido dito, muitas e muitas vezes, em várias outras aparições marianas...” 

A respeito de o Segredo não ter sido publicado, disse o Cardeal: “ Se [o Segredo] não foi tornado público – pelo menos por agora – foi para impedir que a profecia religiosa viesse a descambar no sensacionalismo… Porém, contradizendo-se aparentemente, o Cardeal acrescentou que o Segredo não tinha sido revelado porque, “segundo a apreciação dos Papas, [o Segredo] não acrescenta nada de novo àquilo que cada Cristão deve saber com respeito à Revelação ...” Um segredo que “não acrescenta nada” ao que um Cristão deve saber não seria “sensacional”; com efeito, nem sequer seria um segredo. Então, por que razão em 1960 o texto do Segredo foi colocado “para sempre sob absoluto sigilo”? A sugestão do Cardeal, de que o Segredo não contém nada que não saibamos já, não se coaduna com a maneira como o Vaticano o tem tratado há décadas. 

O Cardeal Ratzinger e Nossa Senhora de Akita 




Irmã Agnes Katsuko Sasagawa - Yuzawadai (Akita) 1973
Vidente de Nossa Senhora


 À esquerda  S.Ex. Bispo John Shojiro Ito (* 1909 + 1993) 
Bispo Emérito Diocesano de Niigata, (* 1909 + 1993) que reconheceu oficialmente a veracidade das visões de N. Senhora de Akita.

A ligação que o Cardeal faz da “profecia religiosa” do Terceiro Segredo a “outras aparições marianas” na sua entrevista de 1984 é abundantemente reveladora. A aparição de Nossa Senhora de Akita à freira japonesa Irmã Agnes Katsuko Sasagawa em 13 de Outubro de 1973 – aniversário do Milagre do Sol – foi considerada autêntica e fidedigna depois de uma investigação conduzida pelo Bispo John Shojiro Ito, da Diocese de Niigata. 

Eis o que Nossa Senhora disse à Irmã Agnes: 

"Como te disse, se os homens não se arrependerem e melhorarem o seu comportamento, o Pai inflingirá em toda a humanidade um terrível castigo... 

...Será um castigo maior do que o dilúvio, um que ninguém viu antes. Cairá fogo do céu e destruirá grande parte da humanidade, tanto os bons como os maus, e nem padres nem fiéis serão poupados. Os sobreviventes sentir-se-ão tão desolados que terão inveja dos mortos.As únicas armas que vos restarão serão o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho... 

Rezai as orações do Rosário todos os dias. Com o Rosário, rezai pelo Papa, pelos Bispos e pelos sacerdotes.

Continua - parte III...aguarde.

Não perca - parte IV matéria sobre as Mensagens de N. Sra de Akita


Fonte: http://www.secretstillhidden.com/pt

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