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Mostrando postagens de abril, 2014

Emaús - Da Decepção à Esperança

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Nesse mesmo dia – diz São Lucas -, dois discípulos caminhavam para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios –cerca de doze quilômetros. Iam falando um com o outro sobre tudo o que se tinha passado . Aquilo que se tinha passado era, nada mais nada menos, a paixão e a morte de Jesus, a “derrota” estrondosa de Cristo às mãos dos seus inimigos, enquanto as multidões, que cinco dias antes, no domingo de Ramos, o haviam aclamado entusiasmadas, vociferavam com ódio: Crucifica-o! Crucifica-o! Podemos imaginar, por isso, qual era o seu estado de ânimo. Perdidos, deprimidos, desnorteados, conversavam como quem não acaba de acreditar que tivesse sido possível aquele afundamento dos seus sonhos. Assim andavam quando Jesus aproximou-se e caminhava com eles; mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram... L er Mais Santos Carmelitas Abril  07 de Abril - Beato Battita Spagnoli  18 de Abril - Beata Maria da Encarnação 23 de Abril - Beata Tere

Domingo da Divina Misericórdia

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HOMILIA DO SANTO PADRE S. JOÃO PAULO II "DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA" ( Espanhol  - Inglês  - Italiano  - Alemão ) Domingo, 22 de abril de 2001 "Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último. O que vive; conheci a morte, mas eis-Me aqui vivo pelos séculos dos séculos" (Ap 1, 17-18). Ouvimos na segunda leitura, tirada do livro do Apocalipse, estas palavras confortadoras. Elas convidam-nos a dirigir o olhar para Cristo, para experimentar a sua presença tranquilizadora. A cada um, seja qual for a condição em que se encontre, até a mais complexa e dramática, o Ressuscitado responde: "Não temas!"; morri na cruz, mas agora "vivo pelos séculos dos séculos"; "Eu sou o Primeiro e o Último. O que vive". "O Primeiro", isto é, a fonte de cada ser e a primícia da nova criação: "O Último", o fim definitivo da história; "O que vive", a fonte inexaurível da Vida que derrotou a morte para

São João Paulo II e S. João XIII - Sermão de Canonização - Papa Francisco

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S. João XXIII, "Papa da docilidade ao Espírito" e S. João Paulo II, "Papa da família" - Papa Francisco, na homilia das canonizações Uma incontável multidão participa, na Praça de São Pedro e imediações, assim como nos variados locais de Roma através de ecrans gigante, na Missa de canonização de João XXIII e de João Paulo II. Sobressaem os polacos e, entre os italianos, especialmente os fiéis da diocese de Bérgamo, terra natal do Papa Roncalli. Presente, concelebrando a Missa, o papa emérito, Bento Como prevê o ritual, a celebração começou com o pedido, apresentado pelo cardeal Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.  No momento da proclamação solene, intensos os aplausos da imensa assembleia. Na homilia, Papa Francisco começou por comentar o Evangelho do dia, em que – observou – “encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado”. Tomé, que não se encontrava presente na primeira manifestação do Senhor, disse que “se não visse e toc

A Festa da Misericórdia e o Papa João Paulo II

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Na multiforme bondade de Deus destaca-se a misericórdia. O Papa Francisco não se cansa de lembrar-nos de que Deus é um incansável misericordioso. As Sagradas Escrituras não deixam dúvidas. Jesus Cristo “rosto humano de Deus e rosto divino do homem” é a expressão maior da Divina Misericórdia. Escondem-se na expressão “misericórdia” três palavras latinas: “Miseris(miséria) - cor(coração) - dare(dar)”. Quando falamos sobre misericórdia normalmente estamos nos referindo à mais nobre das virtudes humanas e ao maior gesto de amor de Deus por nós. Deus nos amou com um coração humano, rico em misericórdia.  O Papa João Paulo II, que será declarado Santo (27 de abril), enriqueceu a Igreja com palavras e significativos gestos de misericórdia. O exemplo mais conhecido é o perdão que ele deu ao terrorista Mehmet Ali Agca. No dia 13 de maio de 1981, na Praça São Pedro, no Vaticano, enquanto o Papa abençoava a multidão que o aclamava, Ali Agca, disparou quatro tiros contra o Sumo Pontífice. 

Artigo de D. Fernando Arêas Rifan - Adapostolica - Páscoa 2014

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                                                          D. Fernando Rifan* A Páscoa, maior festa religiosa do calendário cristão, é a celebração da gloriosa Ressurreição de Jesus Cristo, a sua vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre a aparente derrota da Cruz. Cristo ressuscitou glorioso e triunfante para nunca mais morrer, dando-nos o penhor da nossa vitória e da nossa ressurreição. Choramos a sua Paixão e nos alegramos com a vitória da sua Ressurreição. Para se chegar a ela, para vencer com ele, aprendemos que é preciso sofrer com ele: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). “Que por sua Paixão e Cruz cheguemos à glória da Ressurreição!”. A morte não é o fim. O Calvário não foi o fim. Foi o começo de uma redenção, de uma nova vida. A Páscoa é, portanto, a festa da alegria e a da esperança na vitória futura.  Como figura, esta festa já existia no Antigo Testamento. Era a celebração da libertação da escravidão do

Homilia do Santo Padre - Missa da Vigília Pascal

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Surrexit Dominus vere! Alleluia! Assim a Igreja canta na Santa Vigília Pascal, cheia de alegria e pasmo pela Ressurreição do Cristo Jesus ! O Flos Carmeli deseja a todos uma Feliz e Santa Páscoa ! O Evangelho da ressurreição de Jesus Cristo começa referindo o caminho das mulheres para o sepulcro, ao alvorecer do dia depois do sábado. Querem honrar o corpo do Senhor e vão ao túmulo, mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: «Não tenhais medo!» (Mt 28, 5). E ordena-lhes que levem esta notícia aos discípulos: «Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia» (28, 7). As mulheres fogem de lá imediatamente, mas, ao longo da estrada, sai-lhes ao encontro o próprio Jesus que lhes diz: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão» (28, 10). Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersado; a sua fé quebrantara-se, tudo parecia ter acabado: desabadas as certezas, apagadas as esperanças. Mas

O Mistério da Cruz

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Imagem : Cristo de São João da Cruz Salvador Dali Conheça a História - Clique Aqui                                                          Dom Fernando Arêas Rifan* N em todo dia é santo, nem toda semana. Mas essa é. E única. A Semana Santa. Nela comemoramos os fatos que abalaram e salvaram o mundo: a Paixão, Morte, sepultura e Ressurreição de Jesus Cristo, o seu mistério pascal, esclarecedor dos nossos dramas e enigmas.          Nesta semana, “manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo: nele encontra plena realização toda a ânsia e anelo do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão diante da ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte... Nele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram esses dois mil anos da nossa história da salvação” (Bento XVI - Porta Fidei). “Na sua morte de cruz, cumpre-se aquele virar-se de Deus contra Si próprio, com o

Homilia do Santo Padre - Papa Francisco - Missa do Santo Crisma 1

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Amados irmãos no sacerdócio! H oje de Quinta-feira Santa, em que Cristo levou o seu amor por nós até ao extremo (cf. Jo 13, 1), comemoramos o dia feliz da instituição do sacerdócio e o da nossa ordenação sacerdotal. O Senhor ungiu-nos em Cristo com óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a alegria, o júbilo sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso tanto para si mesmo como para todo o povo fiel de Deus: do meio deste povo fiel é chamado o sacerdote para ser ungido e ao mesmo povo é enviado para ungir. Ungidos com óleo de alegria para ungir com óleo de alegria. A alegria sacerdotal tem a sua fonte no Amor do Pai, e o Senhor deseja que a alegria deste amor «esteja em nós» e «seja completa» (Jo 15, 11). Gosto de pensar na alegria contemplando Nossa Senhora: Maria é «Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), e creio não exagerar se dissermos que o sacerdote é uma p