Meditação - Terça Feira da Semana Santa




O primeiro tema é o do deserto. Jesus acabou de receber, no Jordão, a investidura messiânica para evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração e pregar o reino (cf. Lc 4, 18s). Mas não se apressa para realizar nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, obedecendo a um impulso do Espírito Santo, se retira no deserto onde permanece quarenta dias. O deserto em questão é o deserto da Judéia, que se estende a partir de fora das muralhas de Jerusalém até Jericó, no Vale do Jordão. A tradição identifica o lugar com o assim chamado Monte da Quarentena situado em frente ao Vale do Jordão.

Ao longo da história tem havido multidões de homens e mulheres que escolheram imitar este Jesus que se retira ao deserto. No Oriente, a começar por Santo Antônio Abade, retiravam-se nos desertos do Egito ou da Palestina; no ocidente, onde não existiam desertos de areia, se retiravam em lugares solitários, montanhas e vales remotos. Mas o convite a seguir Jesus no deserto não é dirigido somente aos monges e aos eremitas. De forma diferente, é dirigido a todos. Os monges e os eremitas escolheram um espaço de deserto, nós temos que escolher pelo menos um tempo de deserto.

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