19 de Maio 2013 - Festa de Pentecostes



Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente

Ao chegar o dia de Pentecostes, achavam-se todos eles reunidos no mesmo lugar. Produziu-se então subitamente, lá do céu, um rumor semelhante a uma forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam instalados, apareceram-lhes línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Então ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, consoante o Espírito lhes concedia se exprimissem (Act. 2, 1-4).

 
Estavam então residindo em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Logo que se deu este ruído, acudiu muita gente, e ficou pasmada, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. (...) Então Pedro, apresentando-se com os onze, levantou a voz (...). Os que receberam a sua palavra foram baptizados; e ficaram agregadas a eles, naquele dia, cerca de três mil pessoas (Act 2, 5-6, 14, 41).

 Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
 
 «A vinda solene do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado. Quase não há uma página dos Actos dos Apóstolos em que se não fale d’Ele e da acção pela qual guia, dirige e anima a vida e as obras da primitiva comunidade cristã. É Ele que inspira a pregação de S. Pedro (Cfr. Act. 4, 8), que confirma na fé os discípulos (Cfr. Act. 4, 31), que sela com a sua presença o chamamento dirigido aos gentios (Cfr. Act. 10, 44-47), que envia Saulo e Barnabé para terras distantes, a fim de abrirem novos caminhos à doutrina de Jesus (Cfr. Act. 13, 2-4). Numa palavra, a sua presença e a sua actuação dominam tudo.


Esta realidade profunda que o texto da Sagrada Escritura nos dá a conhecer não é uma simples recordação do passado, de uma espécie de idade de oiro da Igreja, perdida na História. Acima das misérias e dos pecados de cada um de nós, é também a realidade da Igreja de hoje e da Igreja de todos os tempos. Eu rogarei ao Pai – anunciou o Senhor aos seus discípulos – e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco eternamente (Jo 14, 16). Jesus cumpriu nas suas promessas: ressuscitou, subiu aos Céus e, em união com o Eterno Pai, envia-nos o Espírito Santo para nos santificar e nos dar a vida ».
Cristo que passa, nn. 127-128

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

«Viver segundo o Espírito Santo é viver de Fé, de Esperança, de Caridade; é deixar que Deus tome posse de nós e mude desde a raiz os nossos corações, para os fazer à sua medida. Uma vida cristã madura, profunda e firme não é coisa que se improvise, porque é fruto do crescimento em nós da graça de Deus. Nos Actos dos Apóstolos, descreve-se a situação da primitiva comunidade cristã numa frase breve mas cheia de sentido: perseveravam todos na doutrina dos Apóstolos, e na comum fracção do pão e nas orações (Act. 2, 42) (…).

Não há cristãos de segunda classe, obrigados a pôr em prática apenas uma versão reduzida do Evangelho: todos recebemos o mesmo baptismo e, embora exista uma ampla diversidade de carismas e de situações humanas, um mesmo é o Espírito que distribui os dons divinos, uma mesma a Fé, uma só a Esperança, uma só a Caridade (Cfr. 1 Cor. 12, 4-6 e 13, 1-13).

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto
 
Podemos, pois, ter por dirigida a nós mesmos a pergunta do Apóstolo: não sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito Santo habita em vós? (1 Cor. 3, 16), e recebê-la como um convite a um trato mais pessoal e directo com Deus. Infelizmente, o Paráclito é, para alguns cristãos, o Grande Desconhecido: um nome que se pronuncia, mas que não é Alguém – uma das Três Pessoas do Único Deus - , com quem se fala e de quem se vive.

 
Ora, é indispensável ter para com Ele familiaridade e confiança, cheia de simplicidade como nos ensina a Igreja através da Liturgia. Assim conheceremos melhor Nosso Senhor e, ao mesmo tempo, compreenderemos melhor o imenso dom que significa ser cristão: veremos quanto é grande e verdadeiro o endeusamento, a participação da vida divina, a que atrás me referi». 
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.
 
 
São José Maria Escrivá
Cristo que passa, n. 134
http://www.pt.josemariaescriva.info
Artigo"A-vinda-do-espirito-santo"
 
 
 
Tags: Festa de Pentecostes, Vinda do Espírito Santo, Festa do Espírito Santo, Liturgia Pentecostes, Divino Espírito Santo, Dons do Espírito Santo.

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