Mensagem de ano Novo - Dom Fernando Arêas Rifan


ANO NOVO DE PAZ!



                                                          Dom Fernando Arêas Rifan*

“Bem-aventurados os obreiros da paz” foi o título da mensagem do Papa para o dia 1º de janeiro, dia mundial da Paz: “Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera”.
           

Bento XVI analisa o clima do nosso tempo que, “caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo”.


E o Papa aponta as potenciais causas de atritos: “Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens”.


A  paz é uma vocação natural do homem: “E, no entanto, as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus”.


“Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, nas palavras de Jesus Cristo: Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus. A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é... dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros... Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teórico-práticos meramente subjetivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autônoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus”.

        *Bispo da Administração Apostólica Pessoal
                                                                         São João Maria Vianney



SANTORAL CARMELITA 
Janeiro
  •  3 – Beato Ciríaco Elias Chavara
  •   8 - São Pedro Tomás
  •  9 - Santo André Corsini
  •  27 – Santo Henrique de Ossó e Cervelló
  •   29 – Beata Arcangela Girlani

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