III - Domingo do Advento - Aqui no Blog Flos Carmeli !

Neste III Domingo do Advento, a Igreja celebra como todos os anos neste período, o chamado "Domingo gaudete", o domingo da alegria. O seu significado nos é oferecido por São Paulo na epístola aos Filipenses, repetida na liturgia, quando afirma: "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos... O Senhor está próximo!" (Fil 4, 4-5).Em seu pontificado, Bento XVI sempre ofereceu pontos de reflexão durante as orações do Angelus dedicadas a esse domingo da alegria.O cristão é o homem da alegria e o Advento lhe dá o motivo porque – escreve São Paulo – "O Senhor está próximo".

A esse propósito, no Angelus de 16 de dezembro de 2007, o papa afirmou o seguinte:"A alegria cristã brota, portanto, desta certeza: Deus está próximo, está comigo, está conosco, na alegria e na dor, na saúde e na doença, como amigo e esposo fiel. E essa alegria permanece na provação, no próprio sofrimento, e permanece não superficialmente, mas no profundo da pessoa que confia em Deus e se confia a Ele."Também em nossas ruas, particularmente das nossas sociedades ocidentais, o Advento é um período de alegria. Iluminações e adornos, alimentos e presentes especiais respondem todos os anos à necessidade humana de enfatizar com os sinais a espera de uma grande festa, respondem à necessidade de criar a sua atmosfera.

E todos os anos a alegria espiritual do Deus que vem corre o risco de ser um detalhe de fundo no quadro de uma mais coletiva e efervescente alegria "mercantil".

O pontífice falou disso claramente no Angelus de 11 de dezembro de 2005:"Na atual sociedade de consumo este período sofre, infelizmente, uma espécie de "poluição" comercial, que corre o risco de alterar o seu autêntico espírito, caracterizado pelo recolhimento, pela sobriedade, por uma alegria não exterior, mas íntima."Se ademais a alegria superficial que aquece muitos corações não é nem mesmo o fruto de um entusiasmo momentâneo – a euforia da festa – mas de um hedonismo procurado e perseguido como estilo de vida, então se torna quase impossível a compreensão autêntica do Natal.

Se "se faz da felicidade um ídolo – observou o papa no referido Angelus – toma-se o caminho errado e torna-se realmente difícil encontrar a alegria da qual fala Jesus":"Infelizmente, essa é a proposta das culturas que colocam a felicidade individual no lugar de Deus, mentalidade que encontra um seu efeito emblemático na busca do prazer a todo custo, no difundir-se do uso de drogas como fuga, como refúgio em paraísos artificiais, que depois ser revelam totalmente ilusórios."O III Domingo do Advento fala de uma alegria que não precisa ser perseguida ou fabricada, preenchida com cores ou objetos.

Trata-se de uma alegria que não faz de modo que o homem a deseje, mas que o alcança, que lhe se faz próxima a partir da penumbra de uma estrebaria de Belém.Bento XVI o explicou muito bem no Angelus de 14 de dezembro de 2008:"Porque a "proximidade" de Deus não é uma questão de espaço e de tempo, mas uma questão de amor: o amor aproxima! O próximo Natal nos recordará essa verdade fundamental da nossa fé e, diante do Presépio, poderemos saborear a alegria cristã, contemplando no recém-nascido Jesus a face de Deus que por amor se fez próximo a nós." (RL)

fonte: Rádio Vaticano

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