Festa do Sagrado Coração de Jesus

Papa recorda devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Nesta manhã de 20 de Junho o Papa Bento XVI, da janela de seu gabinete de trabalho na Residência Apostólica, na Praça São Pedro, recitou a oração do Ângelus. Estavam presentes milhares de peregrinos, fiéis e turistas. Antes da oração mariana, o Papa recordou que o mês de junho, que iniciamos hoje, é dedicado, tradicionalmente, ao Coração de Jesus, símbolo da fé cristã, muito querido pelo povo como também pelos místicos e teólogos.

O Coração de Jesus exprime, de modo simples e autêntico, a "boa nova" do amor e resume o mistério da Encarnação e da Redenção.

"De fato - recordou o Pontífice - na última sexta-feira celebramos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, terceira e última das festas do Tempo Pascal, depois da Santíssima Trindade e de Corpus Christi. Esta sucessão de acontecimentos destaca um movimento rumo ao centro: um movimento do Espírito, que é o próprio Deus, que nos guia".

"Do horizonte infinito do seu amor, de fato, Deus quis entrar no âmbito nas limitações da história e da condição humana, através de um corpo e de um coração. Assim, podemos contemplar e encontrar o infinito no finito, o Mistério invisível e inefável no Coração humano de Jesus Nazareno", disse o Papa.

E o Santo Padre afirmou que "toda pessoa precisa de um centro da própria vida, de uma fonte de verdade e de bondade, na qual beber nas diversas situações e no cansaço do dia-a-dia".

"Cada um de nós, quando pára e silencia, precisa ouvir a pulsação do coração e, ainda mais, a pulsação de uma presença confiável, perceptível pelos sentidos da fé, e bem mais real: a presença de Cristo, coração do mundo", afirmou.

O Santo Padre concluiu a sua alocução dominical com o seguinte convite: "Portanto, convido cada um a renovar, no mês de junho, a própria devoção ao Coração de Cristo, valorizando a tradicional oração de 'oferecimento do dia' e acolhendo as intenções propostas por mim a toda a Igreja".

Antes de se despedir dos fiéis, presentes na Praça São Pedro, Bento XVI exortou, junto com a Liturgia, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, mas também a veneração ao Imaculado Coração de Maria, que deve ser invocado com grande confiança.

O Pontífice fez uma premente exortação aos fiéis presentes na oração do Ângelus: "Gostaria de invocar, mais uma vez, a materna intercessão da Virgem pelas populações da China e de Mianmar, atingidas pelas calamidades naturais, e pelos que passam por tantas situações de dor, de doença e de misericórdia material e espiritual, que marcam o caminho da humanidade".

Ao término da oração mariana, o Bispo de Roma cumprimentou os numerosos presentes, em seis línguas, e a todos concedeu a sua Bênção Apostólica.

fonte : Rádio Vaticano

A História de Devoção so Sagrado Coração

Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35). Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).

No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração. Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.

Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.

O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.

A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773). Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".

A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca. Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).

E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).

fonte : ACI digital

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