1º de Novembro - Festa de Todos os Santos
Hoje a igreja comemora o dia de Todos os Santos. A origem da festa remonta ao século IV. Em Antioquia celebrava-se uma festa por todos os mártires do primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma na mesma data, no século VI. No ano de 835 esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 19 de Novembro.
Como Nosso Senhor Jesus Cristo, somos convidados a fazer de nossa vida uma eucaristia, uma oferta viva. Na Igreja antiga os Santos eram entregues às chamas, às feras, às torturas cruéis.
Hoje, os santos, por terem tido confiança, mas promessas de Cristo, lutando contra as seduções do mal e das dificuldades de suas vidas, alegram-se e exultam pela grande recompensa dada por um Rei incompreensivelmente misericordioso e generoso. A Igreja honra os santos com particular solenidade, pois se comprometeram com Deus Pai, em nome de Jesus, de maneira radical com Seu Reino de bondade, de Justiça e de Amor.
Que nós possamos lembrar sempre que a Intercessão dos Santos é uma dádiva divina, um tesouro. Também procuremos tomá-los como modelo de vida e santidade. Os Santos foram Homens e Mulheres como nós, que em busca da verdadeira felicidade, honraram e doaram suas vidas para a maior glória de Deus Nosso Senhor.
A Intercessão dos Santos é uma verdade que é professada desde os primórdios do cristianismo. Nela consiste que os heróis da fé, que constituem a Igreja triunfante, rogam junto a Deus, por aqueles que ainda estão terminaram a corrida, estes constituem a Igreja Militante.Alguns grupos heréticos negam esta verdade, por não acreditarem que após a morte os heróis da fé podem rogar por nós.A Sagrada Escritura dá forte testemunho da Intercessão dos Santos.
* O primeiro testemunho da Sagrada Escritura da intercessão dos Santos após a morte está no livro do profeta Jeremias: "E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se" (Jer 15, 1). No tempo de Jeremias, estavam mortos Moisés e Samuel, mas sua possível intercessão é confirmada pelas palavras do próprio Deus: "ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim...". Com efeito Moisés e Samuel poderiam se colocar diante de Deus para pedir clemência para com aquele povo. Portanto, está clara a possibilidade da intercessão após a morte.
* O segundo testemunho da intercessão dos santos após a morte está no segundo livro dos Macabeus: "Parecia-lhe [Judas Macabeu] que Onias, sumo sacerdote [...] orava de mãos estendidas por todo o povo judeu [...] Onias apontando para ele, disse: 'Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias, profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa". (II Mac 15, 12-15). No tempo de Judas Macabeu, o sumo sacerdote Onias já era falecido, e além de estar orando por todo o povo de Israel, também a aponta para Jeremias, também falecido e que o acompanhava nas orações em favor dos israelitas. Aqui a Sagrada Escritura dá testemunho da intercessão de Onias e Jeremias, ambos falecidos.
* Nosso Senhor Jesus Cristo, na parábola do Rico e Lázaro (Lc 16:19-31), nos mostra que mesmo após a morte o Rico (que estava no inferno) pede a intercessão de Abraão (que estava no céu), pelos seus parentes. Jesus não contaria esta parábola se os santos que morreram na esperança do Senhor, não pudessem rogar pelos vivos.
* O livro do apocalipse é o livro que mais detalha o serviço que os Santos prestam a Deus. Eles se ocupam na oração (cf. Ap 5:8). Mas por que será que eles oram? Oram por nós que ainda estamos na caminhada. Encontramos também a seguinte passagem: "Quando abriu o quinto selo, vi sob o altar as vidas dos que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que dela tinham prestado. E eles clamaram em alta voz: 'Até quando, ó Senhor santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?' " (Ap 6:9-10).
Os Santos estão pedindo por justiça e podem faze-lo porque estão na presença de Deus.E não só podem orar, como oram e oferecem suas orações a Deus: "Outro Anjo veio postar-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro. Deram-lhe uma grande quantidade de incenso para que o oferecesse com as orações de todos os santos, sobre o altar de outro que está diante do trono." (Ap 8:3).
Portanto, pelos exemplos já aqui citados, fica mais que claro que os Santos não só podem, como também intercedem por nós. E por estarem nos assistindo pela Graça do Senhor (cf. Hb 12:1), também podem ouvir nossos pedidos de orações.
Para você não pensar que eu alterei o conteúdo texto, estou colocando o texto em Latim (da Vulgata tradicional que foi utilizada pela Igreja Católica por + de 200 anos)
A devoção ao Escapulário - uma arma que nos livra do purgatório
A devoção ao santo escapulário do Carmo manifesta a certeza com que confiamos no auxílio maternal da Virgem. Assim como se utilizam troféus e medalhas para exprimir relações de amizade, evocar recordações ou triunfos, nós damos um sentido muito íntimo ao escapulário, para nos lembrarmos freqüentemente do nosso amor à Virgem e da sua bendita proteção. Ela toma-nos pela mão e, ao longo de todos os dias da nossa vida aqui na terra, leva-nos por um caminho seguro, ajuda-nos a vencer as dificuldades e tentações: nunca nos abandona, "pois é seu costume favorecer os que se querem valer do seu amparo" .
Chegará um dia em que soará a hora do nosso encontro definitivo com o Senhor. Precisaremos então, mais do que nunca, da sua proteção e ajuda. A devoção à Virgem do Carmo e ao seu santo escapulário é penhor de esperança no Céu, pois a Santíssima Virgem prolonga a sua proteção maternal além da própria morte. "Maria guia-nos para esse futuro eterno; faz que ansiemos por ele e o descubramos; dá-nos a esperança da vida bem-aventurada, a sua certeza, o seu desejo. Animados por tão esplendorosa realidade, dominados por uma alegria indizível, a nossa humildade e fatigante peregrinação terrena, iluminada por Maria, transforma-se em caminho seguro - iter para tutum - para o Paraíso"
Ali a veremos, com a graça divina. Em 1605, foi eleito Papa o Cardeal De Médicis, que tomou o nome de Leão XI. Quando o revestiam com as vestes pontifícias, quiseram tirar-lhe um grande escapulário do Carmo que trazia entre a roupa. Mas o Papa disse aos que o ajudavam: "Deixem-me Maria, para que Maria não me deixe". Nós também não queremos deixá-la, pois necessitamos muito da sua proteção. Por isso trazemos sempre o seu escapulário. E agora dizemos-lhe que, quando chegar o nosso último momento, iremos abandonar-nos nos seus braços. Temos-lhe pedido tantas vezes que rogue por nós agora e na hora da nossa morte que Ela não se esquecerá!Na sua visita a Santiago de Compostela, o Papa João Paulo II desejava a todos: "Que a Virgem do Carmo (...) vos acompanhe sempre. Seja Ela a estrela que vos guie, a que nunca desapareça do vosso horizonte, a que vos conduza a Deus, ao porto seguro"
Pelas mãos de Maria, chegaremos à presença do seu Filho. E se nos restar alguma coisa por purificar, Ela adiantará o momento em que, totalmente limpos, possamos ver a Deus.Antigamente, representava-se a Virgem do Carmo com um grupo de pessoas aos seus pés, formado por almas rodeadas de chamas no Purgatório, para indicar que Ela intercede particularmente pelos que se encontram nesse lugar de purificação 12. "A Virgem é boa para aqueles que estão no Purgatório, porque por Ela obtêm alívio" , ensinava com freqüência São Vicente Ferrer. O seu amor ajudar-nos-á a purificar-nos nesta vida para podermos estar com o seu Filho imediatamente depois da morte.
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