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Mostrando postagens de 2014

Um Natal Feliz e Alegre

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  Dom Fernando Arêas Rifan* Em companhia de Maria e José e incentivados por São Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4), vamos celebrar nesta quinta-feira o Santo Natal, feliz e alegre, como foi o primeiro Natal. Nasceu Jesus, o Messias! Deus se fez homem! E os anjos anunciaram aos pastores essa felicidade. A reaparição da estrela misteriosa fez renascer a alegria e a felicidade no coração dos Magos que vieram do Oriente (Mt 2, 10). Segundo a filosofia (Cícero e Boécio), felicidade é o estado constituído pelo acúmulo de todos os bens com a ausência de todos os males. Então, como poderemos chamar feliz um Natal onde houve desprezo, rejeição – Jesus nasceu numa estrebaria por falta de lugar para Ele nas casas e nas hospedarias -, lágrimas, gritos, morte, luto – Herodes, perseguindo Jesus, mandou matar as crianças de Belém – fuga, desterro, pobreza, sacrifícios? Realmente, felicidade perfeita

14 de dezembro - São João da Cruz - Doutor e Místico do Carmelo

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São João da Cruz é um emblema deste tipo de homem Vivido entre 1542 e 1591 na Espanha, sua vida é marcada, por um lado, pela dor infligida-lhe pela dura realidade externa, e por outro pela alegria da descoberta crescente de uma vasta e luminosa realidade interior. Órfão de pai aos 3 anos, João de Yepes – seu nome civil – prova o esforço da mãe que procura corações benevolentes a garantir-lhe a sobrevivência. Na adolescência pode trabalhar e estudar. Aos 21 anos faz-se religioso carmelita, mas sofre a angústia de não poder viver ali como queria, e sonha com a austeridade e o silêncio monástico dos cartuxos. No ano em que se ordena sacerdote, em 1567, encontra-se com Santa Teresa, que o conquista para a sua obra de reforma entre os frades. No ano seguinte, em 1568, torna-se o primeiro carmelita descalço, assume o novo nome de João da Cruz e vive momentos de indescritível felicidade, num casebre perdido da zona rural de Ávila. A partir daqui empenha-se, até o f

08 de Dezembro - Solenidade da Imaculada Conceição

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Homilia do Padre Françoá Costa   Conta-se que o Beato escocês João Duns Scoto (1266-1308), estando diante duma imagem de Nossa senhora, rezou da seguinte maneira: dignare me laudare te, Virgo sacrata: Virgem Santa, fazei com que eu fale bem de vós! Em seguida, o franciscano fez as seguintes perguntas: - A Deus lhe convinha que a sua Mãe nascesse sem a mancha do pecado original? Sim. A Deus lhe convinha que a sua Mãe nascesse sem nenhuma mancha, pois é mais honroso para ele. - Deus podia fazer que a sua Mãe nascesse sem o pecado original? Sim. Deus pode tudo e, portanto, podia fazer com que a sua Mãe fosse imaculada, sem mancha. - Aquilo que é conveniente a Deus, ele o faz ou não? Se Deus vê que uma coisa é conveniente, que é melhor, ele a realiza. - Logo – exclamou Scoto –, já que para Deus era melhor que a sua Mãe fosse imaculada e podia fazer que assim o fosse, ele – de fato – a fez imaculada. Decuit, potuit, fecit! Convinha e Deus podia, Deus o

15 de Novembro: Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos da Ordem Carmelita.

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E m nossa Ordem existe uma piedosa tradição de que a Bem Aventurada Sempre Virgem Maria, em aparição ao Papa João XXII, por volta do ano 1320, teria feito a promessa do Privilégio Sabatino. Neste "privilégio", Nossa Senhora teria prometido que nos sábados, "desceria ao Purgatório" e de lá tiraria as almas dos irmãos do Carmo que encontrasse.  Bem, com essa promessa não é dogma de fé, a Igreja, por prudência, crê que, a Virgem Maria, movida por seu amor maternal, retirará do Purgatório as almas de seus confrades carmelitas (frades, monjas, seculares e devotos do escapulário) o "mais brevemente possível", não necessariamente nos sábados.     Portanto, é importante que continuemos orando pelas almas dos irmãos e irmãs falecidos de nossa Ordem, mesmo que eles já possam já estar no Céu. A oração pelas almas do Purgatório NUNCA SE PERDE. Deus sempre aproveita cada prece, cada penitência, cada sacrifício, cada Santa Missa ou obra de miseri

14 de Novembro - Todos os Santos Carmelitas

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Ícone moderno mostrando os Santos e Santas do Carmelo aos pés de Maria, nossa Mãe, Rainha e Senhora,  aos pés do Monte e junto à Fonte de Elias. No dia 14 de Novembro o Calendário Litúrgico da Ordem Carmelita (Antiga Observância, Carmelitas Descalços e Institutos e Congregações de Espiritualidade Carmelitana) comemorou a Festa de Todos os Santos de nossa Ordem. "É uma festa muito bonita, pois, à semelhança da Solenidade de Todos os Santos (dia 01 de novembro), fazemos uma justa homenagem a todos aqueles santos, santas, beatos e beatas carmelitas (cuja santidade foi reconhecida oficialmente pela Igreja), bem como todos os habitantes do "Carmelo Celeste", que já gozam da visão beatífica da Santíssima Trindade, porém, que não foram ou não serão beatificados e/ou canonizados.  A Ordem Carmelita "premiou" a Igreja com insignes santos: São Brocardo, São Bertoldo, Santo Alberto de Jerusalém, Santo Alberto de Trápani, Santo Ângelo da Sicília, São Pedro Tomás,

08 de Novembro - Beata Elisabeth da Trindade

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    Irmã Elisabeth sempre foi atraída para o seu interior. Com plena consciência de ser um templo habitado pelo próprio Deus, esforçou-se por aquietar seu mundo interior, numa atenção de amor ao Senhor. Suas numerosas cartas revelam um coração sensível e cheio de amor, terno e mergulhado no mistério que a envolve. “Encontrei o meu céu na terra, pois o céu é Deus e Deus está na minha alma. No dia em que o compreendi, tudo se tornou luminoso para mim e eu gostaria de confiar este segredo, bem baixinho, àqueles que amo” (Carta 107).     Cada pessoa tem sua identidade, e esta identidade se estende também à área espiritual. Ou seja, como todos temos nossa maneira peculiar de agir, de nos relacionar com o outro, de expressar nossos sentimentos e afetos, também temos nosso modo pessoal de viver a intimidade com o Senhor.     Para Elisabeth da Trindade, oração “é aquela elevação da alma a Deus em todas as coisas, que nos coloca numa espécie de contínua comunhão com a Sa

07 de Novembro - Beato Francisco Palau

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Francisco Palau - Fundador das Carmelitas Missionárias e Carmelitas Missionárias Teresianas   Hoje a Igreja faz memória deste insigne pastor, o Beato Francisco Palau (1881 - 1872). Frade Carmelita Descalço e eremita que amou a Igreja e por ela gastou sua vida. Exerceu o ministério de Exorcista, foi padre conciliar do Vaticano I, segue uma de suas mais belas homilias: "Deus em sua providência, dispôs não remediar nossos males, nem nos conceder suas graças, senão mediante a oração, e que pela oração de uns sejam salvos outros. (cf. Tg 5,16ss). Se os céus enviaram seu orvalho e as nuvens choveram o Justo, se abriu-se a terra e brotou o Salvador (cf. Is 45, 8), quis Deus que, à sua vinda, precedessem os clamores e súplicas dos santos profetas, particularmente as súplicas daquela Virgem singular que conquistou os céus com a fragância de suas virtudes e atraiu a seu seio o Verbo incriado. O Redentor veio e por meio de uma oração contínua reconciliou o mundo com seu Pai.

Eles nos Precederam....

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Dom Fernando Arêas Rifan* No próximo dia 2 celebraremos a memória dos fieis defuntos, dos nossos falecidos, daqueles que estiveram conosco e hoje estão na eternidade, os “finados”, aqueles que chegaram ao fim da vida terrena e já começaram a vida eterna. Portanto, não estão mortos, estão vivos, mais até do que nós, na vida que não tem fim, “vitam venturi saeculi”. Sua vida não foi tirada, mas transformada. Por isso, o povo costuma dizer dos falecidos: “passou desta para a melhor!” Olhemos, portanto, a morte com os olhos da fé e da esperança cristã, não com desespero, pensando que tudo acabou. Uma nova vida começou eternamente.  Para nosso consolo, ouçamos a Palavra de Deus: “Deus não criou a morte e a destruição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou todas as coisas para existirem... e a morte não reina sobre a terra, porque a justiça é imortal” (Sb 1, 13-15).  Os pagãos chamavam o local onde colocavam os seus defuntos de necrópole, cidade dos mortos. Os

Meditação - Quinto Mistério Doloroso - Jesus Morre na Cruz

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                                                          Jesus Morre na Cruz Baseado nos Escritos da Beata Catarina Emmerich       "Depois do violento choque da cruz, a cabeça de Jesus, coroada de espinhos, foi fortemente abalada e derramou grande abundância de sangue; também das chagas das mãos e dos pés correu o sangue em torrentes. Os carrascos subiram então pelas escadas e desataram as cordas com que tinham amarrado o santo corpo, para que o abalo não o fizesse cair. O sangue, cuja circulação fora quase impedida pela forte pressão das cordas e pela posição horizontal, afluiu-Lhe então de novo por todo o corpo e as chagas, renovando todas as dores e causando-Lhe um forte atordoamento. Jesus deixou cair a cabeça sobre o peito e ficou suspenso como morto, cerca de sete minutos. Houve um momento de calma. Os carrascos estavam ocupados em repartir as vestes de Jesus; o som das trombetas perdia-se no ar, todos os assistentes estavam exaustos de raiva ou de dor