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Mostrando postagens de maio, 2016

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

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HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Átrio da Basílica de São João de Latrão Queridos irmãos e irmãs! Depois do tempo forte do ano litúrgico, que centrando-se sobre a Páscoa se prolonga por três meses primeiro os quarenta dias da Quaresma, depois os cinquenta dias do Tempo pascal a liturgia faz-nos celebrar três festas que ao contrário têm um carácter "sintético": a Santíssima Trindade, depois o Corpus Christi, e por fim o Sagrado Coração de Jesus. Qual é exactamente o significado da solenidade de hoje, do Corpo e do Sangue de Cristo?  A própria celebração que estamos a realizar no-lo diz, no desenvolvimento dos gestos fundamentais: antes de tudo reunimo-nos em volta do altar do Senhor, para estar na sua presença;em segundo lugar faremos a procissão, isto é, o caminhar com o Senhor; e por fim, o ajoelharmo-nos diante do Senhor, a adoração, que já inicia na Missa e acompanha toda a procissão, mas tem o seu ápice no momento final da bênção eucarística, quando todos

Festa de Corpus Christi

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Corpo de Deus Dom Fernando Arêas Rifan* Amanhã celebraremos com toda a Igreja a solenidade do SS. Corpo e Sangue de Cristo, ou Corpus Christi, presente na Santíssima Eucaristia. Por que tal festa? “Augustíssimo sacramento é a Santíssima Eucaristia, na qual se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pelapelos séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo...” (Direito Canônico cân. 897). O mesmo nos ensina o Catecismo da Igreja Católica: “A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação qua

Nossa Senhora Auxiliadora

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Essa invocação Mariana tem raízes já no século XVI. Diante do perecimento de diversas nações cristãs, o Papa Pio V tomou a decisão de organizar uma esquadra para resgatar os cristãos que estavam sob o jugo da escravidão muçulmana. E para isso, invocou o auxílio da Virgem Maria. E a vitória não tardou a chegar, no mesmo ano derrotaram os muçulmanos, e afastaram a perseguição do povo.. Em agradecimento a Nossa Senhora acrescentou a invocação, “auxiliadora dos cristãos” às ladainhas loretanas. Contudo, quem instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi o Papa Pio VII, em 1816. Outro episódio importante aconteceu no século XIX. Napoleão I, dominado pela ganância de conquistar mais terras, estava empenhado em invadir os estados pontifícios; inclusive por esse motivo foi excomungado pelo Sumo Pontífice. No entanto, para dar o “troco”, o imperador francês mandou sequestrar o Papa Pio VII, levando-o para a França, onde permaneceu preso por cinco anos, sofrendo toda es

A Alma da Igreja - por Dom Fernando Arêas Rifan

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eus, ao criar Adão, o primeiro homem, após formar o seu corpo do pó do solo, soprou sobre ele um “sopro de vida”, surgindo assim o ser humano completo, corpo e alma (Gn 2, 7). Assim Jesus, durante sua vida pública, formou o corpo da Igreja: convocou os Apóstolos, a quem deu a sua autoridade, escolheu Pedro para o chefe, a “pedra”, e deu-lhes o poder de transmitir a graça e os seus ensinamentos. Estava formada a hierarquia, a Igreja docente, que, junto com os outros discípulos, a Igreja discente, formava o corpo da Igreja. Faltava agora a alma, o sopro da vida. Sopro em latim é “spiritus”. Sopro divino, a alma da Igreja, é o Espírito Santo, que Jesus enviou sobre os Apóstolos, sobre a sua nascente Igreja. Agora a obra está completa. A festa de Pentecostes, na qual celebramos a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na pessoa dos Apóstolos reunidos com Nossa Senhora (Atos 1, 13-14), é a inauguração oficial da Igreja de Cristo, seu Corpo Místico vivo, pela ação do Espír

Santo Tomás de Aquino e os Dons do Espírito Santo

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Santo Tomás de Aquino  Francesco Solimena,  Basilica of San Dominico Maggiore - Napoles, Itália. Sua Vida, Suas Obras...Ler Mais " S anto Tomás ensina que os dons do Espírito Santo nos são dados como auxílio das virtudes. A expressão é muito profunda: os dons são-nos dados para ajudaras virtudes.  Portanto, não para as substituir; isto quer dizer que a alma deve fazer da sua parte tudo o que puder, aplicando-se seriamente ao exercício das virtudes, e então o Espírito Santo, mediante os dons, completará aquilo que a alma não pode fazer. Por conseguinte, a primeira atitude prática que a alma deve tomar, a fim de que o Espírito Santo Se digne pôr em ato os Seus dons, é pôr-se pelos seus esforços, a caminho da santidade. Toda a tradição católica põe como ponto de partida esta atividade e aplicação pessoal, porque 'se a alma busca a Deus, muito mais a busca o seu amado... e fá-la correr para Ele (S. João da Cruz).  E a alma procura a Deus através do exercício a

Homilia da Festa de Pentecostes - 15 Maio 2016

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Leituras: Epístola: Leitura dos Atos dos Apóstolos, 2, 1-11. Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João, 14, 23-31:  aquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. A palavra que ouvis não é doutrina minha, mas de meu Pai, que me enviou. Estas coisas vos tenho dito, permanecendo convosco. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai há de enviar em meu nome, vos ensinará tudo, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. A paz vos deixo; a minha paz vos dou. Não vo-la dou, como o mundo vo-la dá. Não se turbe o vosso coração, nem se assuste. Ouvistes o que eu vos disse: Vou e volto a vós. Se me amásseis, certamente vos alegraríeis de eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que eu. Eu vo-lo disse agora, antes que isso suceda, para que, quando acontecer, tenhais fé. Já não falarei muito

A divina maternidade de Maria

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Amados irmãos e irmãs! Maria, Mãe de Deus. "Mãe de Deus", Theotókos, é o título atribuído oficialmente a Maria no século V, exactamente no Concílio de Éfeso de 431, confirmado pela devoção do povo cristão já a partir do século III, no contexto dos intensos debates daquele período sobre a pessoa de Cristo. Com aquele título ressaltava-se que Cristo é Deus e nasceu realmente de Maria como homem: na verdade, por mais que o debate parecesse verter sobre Maria, ele dizia respeito essencialmente ao Filho.  Querendo salvaguardar a plena humanidade de Jesus, alguns Padres sugeriam uma palavra menos forte: em vez do título de Theotókos, propunham o de Christotókos, "Mãe de Cristo"; mas justamente esta sugestão foi vista como uma ameaça à doutrina da plena unidade da divindade com a humanidade de Cristo. Por isso, depois do amplo debate, no Concílio de Éfeso de 431, como disse, foi solenemente confirmada, por um lado, a unidade das duas naturezas, a divina e

O Mal e a Corrupção - Por D, Fernando Rifan

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Dom Fernando Arêas Rifan*  A corrupção é considerada pela ONU o crime mais dispendioso de todos, causa de muitos outros. A corrupção propicia a ocupação de cargos por pessoas indignas, manobras políticas, compra de votos, licitações desonestas, o desvio, a malversação e o desperdício do dinheiro público, a impunidade, o tráfico de drogas, a sua veiculação nos presídios etc. Certa vez, um rei perguntou aos seus ministros a causa de o dinheiro público não chegar ao seu destino como quando saiu da sua fonte. Um ministro mais velho, sentado na outra cabeceira da mesa, tomou uma grande pedra de gelo e pediu que a passassem de mão em mão até o Rei. Quando a pedra lá chegou estava bem menor. O ministro então disse: é essa a explicação: “passa por muitas mãos e sempre deixa alguma coisa”. “Aquele que ama o ouro não estará isento de pecado; aquele que busca a corrupção será por ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado sem má

Os Apelos De Nossa Sra de Fàtima ao Mundo

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Quando Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos de Fátima, a 13 de maio de 1917, ela fez-lhes uma pergunta: "Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser mandar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?" Na ocasião, os jovens Francisco, Jacinta e Lúcia responderam que sim, assumiram o pedido da Virgem Maria e toda a sua vida se transformou em uma verdadeira entrega a Deus, pelo resgate das almas. Impossível não se lembrar do episódio da Anunciação, quando o Céu, de um modo nunca antes visto, dependeu da liberdade de uma única criatura para descer sobre a Terra. Às palavras do anjo, dizendo que Maria Santíssima conceberia e daria à luz o próprio Filho de Deus, ela prontamente respondeu: "Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1, 38). Naquele momento, também ela, de modo muito singular, assumia para si a missão de "suportar tod
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Reflexão para a abertura do Mês de Maio  do Flos Carmeli  1. “E a partir daquele momento, o discípulo recebeu-A em sua casa” (Io. 19, 27) Com estas palavras termina o Evangelho da Liturgia de hoje, aqui em Fátima. O nome do discípulo era João. Precisamente ele, João, filho de Zebedeu, apóstolo e evangelista, ouviu do alto da Cruz as palavras de Cristo: “Eis a tua Mãe”. Anteriormente, Jesus tinha dito à própria Mãe: “Senhora, eis o Teu filho”. Este foi um testamento maravilhoso. Ao deixar este mundo, Cristo deu a Sua Mãe um homem que fosse para Ela como um filho: João. A Ela o confiou. E, em consequência desta doação e deste ato de entrega, Maria tornou-se mãe de João. A Mãe de Deus tornou-se Mãe do homem. E, a partir daquele momento, João “recebeu-A em sua casa”. João tornou-se também amparo terreno da Mãe de seu Mestre; é direito e dever dos filhos, efetivamente, assumir o cuidado da mãe. Mas acima de tudo, João tornou-se por vontade de Cristo o filho da M