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Mostrando postagens de setembro, 2014

Santo Alberto de Jerusalém: um pai para o Carmelo - VIII Centenário de sua Morte

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Por Pe. Giovanni Grosso, O.Carm. ão João de Acre, cabo norte do golfo de Haifa, 14 de setembro de 1214. O patriarca latino de Jerusalém, Alberto Avogrado, avançava em procissão, rodeado de cônegos do Santo Sepulcro e de outros clérigos, celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, na qual participava toda a comunidade “franca”, ou seja, os cristãos latinos e outros cidadãos atraídos pelo acontecimento. De repente, uma pessoa da multidão atirou-se contra o patriarca, ferindo-o de morte. O homicida, que era o professor do hospital do Espírito Santo, quis vingar-se por ter sido destituído de sua função por motivos de imoralidade. Assim morreu o patriarca Alberto, vítima de seu compromisso com uma igreja fiel ao Evangelho. Descendente dos Avogrado, de uma família de classe média, nascera uns 60 anos antes, por volta do ano 1150, provavelmente em Castel Gualtieri, na que hoje é província de Regio Emilia, naquele tempo território piemontês identificado com vários nomes: Lombardia

Bendita e Louvada Seja a Santa Cruz

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Homilia de D. Henrique Soares da Costa   Exaltação da Santa Cruz  Nm 21,4b-9 Sl 77 Fl 2,6-11 Jo 3,13-17  ste ano a Festa da Exaltação da Santa Cruz ocorreu num domingo, neste XXIV do Tempo Comum. É uma festa antiga, a de hoje. Em 335, no dia 13 de setembro, foram dedicadas duas grandes basílicas, construídas pelo Imperador dos romanos, Constantino Magno: uma no Gólgota e outra, no Santo Sepulcro. No dia seguinte, hoje, foram expostos ao povo, com imensa piedade, os restos da cruz do Senhor. Daí a nossa festa hodierna: a Exaltação da Santa Cruz.  O mistério da cruz! Glória, suplício e tentação de escândalo para os cristãos; loucura inaceitável, insanidade deplorável para o mundo! Na Sexta-feira Santa, durante a solene celebração da Paixão do Senhor, há um rito impressionante, comovente: o diácono, igreja adentro, traz uma cruz velada… e três vezes, descobrindo-a pouco a pouco, proclama, cantando: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!” Frase es

Natividade de Nossa Senhora

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É dia do nascimento da nossa Mãe. Celebremo-lo dignamente. Haverá outro mais ilustre? Ela teve como antepassados, patriarcas, reis, profetas. Ainda mais. Ela lhes foi concedida por Deus como recompensa incomparável pela sua santa vida. Foi-nos antecipadamente figurada por misteriosos prodígios: os profetas prenunciavam-na em seus oráculos. Foi ela que se referiu de antemão a vara de Aarão, quando floresceu sem raízes; o vê-lo misteriosos de Gedeão, úmido de orvalho, no meio da terra ressequida; a porta oriental vista por Ezequiel, e que só deveria abrir-se para o Senhor. Mas é sobretudo Isaías quem a anuncia, ora como o renovo principal, que deveria brotar da raiz de Jessé, ora ainda mais claramente como a virgem que deveria gerar Emanuel ou Deus-conosco. Já contemplastes o nascer do sol num belo dia de primavera ? Antes de surgir no seu esplendor e espargir pelo universo inteiro torrentes de luz e de fogo, o astro -rei faz-se preceder pela suave aurora. Ainda há pouc

The Lourdes Hymn (Immaculate Mary)

A Pátria Amada

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       Dom Fernando Arêas Rifan*  Estamos na Semana da Pátria, da nossa Pátria amada. Jesus, nosso divino modelo, amava tanto sua pátria, que chorou sobre sua capital, Jerusalém, ao prever os castigos que sobre ela viriam, consequência da sua resistência à graça divina. É tempo oportuno para refletirmos sobre nossa nação, na qual vivemos e da qual esperamos o nosso bem comum. Será que também não devemos chorar sobre nossa pátria, ao vermos tanta falta de ética em nossa política, ao sentirmos e pressentirmos a aprovação de leis iníquas, contra a Lei Divina, natural e positiva?  Segundo Aristóteles, “o homem é por natureza um animal político, destinado a viver em sociedade” (Política, I, 1,9). Política vem do grego pólis, que significa cidade. E, continua Aristóteles, “toda a cidade é evidentemente uma associação, e toda a associação só se forma para algum bem, dado que os homens, sejam eles quais forem, tudo fazem para o fim do que lhes parece ser bom”. E Santo Tomás

MÔNICA E AGOSTINHO

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Dom Fernando Arêas Rifan* Dois santos admiráveis celebramos nessa semana: Santa Mônica (dia 27) e Santo Agostinho (dia 28), do século IV. Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Região de Cartago, na África, filho de Patrício, pagão, e Mônica, cristã fervorosa. Segundo narração dele próprio, Agostinho bebeu o amor de Jesus com o leite de sua mãe. Infelizmente, porém, como acontece muitas vezes, a influência do pai fez com que se retardasse o seu batismo, que ele acabou não recebendo na infância nem na juventude. Estudou literatura, filosofia, gramática e retórica, das quais foi professor. Afastou-se dos ensinamentos da mãe e, por causa de más companhias, entregou-se aos vícios. Cometeu maldades, viveu no pecado durante toda a juventude, teve uma amante e um filho, e, pior, caiu na heresia gnóstica dos maniqueus, para os quais trabalhou na tradução de livros. Sua mãe, Santa Mônica, rezava e chorava por ele todos os dias. “Fica tranquila”, disse-lhe certa vez um bispo,